ABSEG leva profissionais de segurança à visita técnica no Copom/SP


Por Natalino Borring

26/04/2024  às  18:42:20 | | views 375


@segnews/abseg

Além de conhecer o trabalho de atendimento às ocorrências realizado pelo Copom, os profissionais foram informados sobre as novas tecnologias presentes na segurança pública e o uso da Inteligência Artificial


Profissionais da segurança privada tiveram a oportunidade de conhecer os procedimentos de atendimento do número 190 da Polícia Militar de São Paulo, realizado pelo Copom - Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo -, com 113 anos de existência. O encontro foi promovido pela Abseg (Associação Brasileira de Profissionais da Segurança) na manhã do dia 24 de abril e teve o objetivo, segundo o presidente da associação, Antônio Lopes, de ajudar no desenvolvimento profissional do gestor de segurança, vivenciando os trabalhos nas mais diferentes áreas. “Neste ano, a Abseg vai realizar diversas visitas técnicas em locais de extrema importância para o conhecimento desses profissionais que diariamente contribuem com a proteção de toda a sociedade”, destaca Lopes, que promete divulgar em breve a programação dos próximos encontros.

 

A recepção dos visitantes foi feita pelo coronel PM Carlos Henrique Lucena Folha e pelo capitão PM Augustus, responsável pela apresentação dos trabalhos do Copom.  Devo admitir que a complexidade de todos o sistema presente em uma sala de comando e controle de gerenciamento de crises encanta. É como estar em um filme hollywoodiano, onde autoridades dão ordem que em minutos se cumprem do lado de fora, com o uso de muita tecnologia.

 

Deixando a fantasia de lado, trata-se da "vida real", com casos reais repletos de riscos, coragem e muito profissionalismo. O uso das câmeras de rua, das câmeras corporais dos policiais, as famosas body-cam, do sistema de georreferenciamento (que possibilita acionar as viaturas mais próximas), de drones, helicópteros e outras tecnologias, proporcionam acompanhar tudo o que acontece em uma ocorrência com som e imagem de altíssima qualidade, como em um filme, onde decisões terão que ser tomadas em minutos para o sucesso da operação.

 

Um pouco de história

Segundo o capitão Augustus, o Copom teve sua origem nos anos de 1910 por meio de uma central de aviso com uso do telégrafo policial “Gamewell Fire Alarm” (equipamento que pode ser visto no Museu da Polícia Militar), instalado na área central da cidade de São Paulo e em pontos estratégicos da Milícia Paulista e na Central da Polícia. Em 1935, foi criado o Departamento de Comunicações, o Serviço de Rádio Patrulha e o Centro de Controle Geral. Entre os anos de 1937 e 1965, houve uma integração e o Centro de Controle contava com efetivos da Polícia Civil, Guarda Civil e Força Pública, sendo que em 1969 foi criado o Sistema de Telecomunicações da Secretaria da Segurança Pública, surgindo o CEFOR (Centro de Operações da Força Pública). Tratava-se do embrião do que seria o Copom, denominação atribuída após a fusão da Guarda Civil e da Força Pública, que originou a Polícia Militar do Estado de São Paulo, nos anos de 1970.

“Temos muita história e aprendizado no processo de comunicação das forças policiais e o que os senhores estão conhecendo hoje é o resultado de todo esse trabalho”, afirmou o capitão Augustus ao dar boas-vindas aos profissionais de segurança.

 

Desde 2016, o Copom está subordinado à Coordenadoria de Operações da Polícia Militar, integrando também o Corpo de Bombeiros da PMESP. As ocorrências são registradas por meio dos telefones 190 (emergência policiais), 193 (Bombeiros) e 911 e 112, para atendimento a turistas americanos e europeus, com profissionais habilitados em conversar em outros idiomas, como inglês e espanhol. As informações, quando necessárias, são compartilhadas com consulados e embaixadas proporcionando a melhor forma de solução de ocorrências.

 

“Assim que nossa central recebe informações de uma ocorrência, inicia-se o atendimento por árvore de decisão, ou seja, enquanto por meio de perguntas colhemos o máximo de dados sobre o fato, outra frente inicia o que definimos como pré-ocorrência, tendo início já a localização de viatura e ações a serem iniciadas no local dos fatos”, conta o capitão Augustus ao destacar que essa dinâmica permite um atendimento quase que imediato aos cidadãos em perigo.

 

O Copom trabalha com todo o tipo de ocorrência na capital de São Paulo, região metropolitana e em outros 38 municípios, já tendo sido registrados mais de 9 milhões de emergências. Também está presente nas operações de grandes eventos e acontecimentos que exijam a garantia da lei e da ordem. Um trabalho com inteligência artificial também começou a ser integrado ao sistema este ano e promete um avanço nas operações.

 

 

Violência contra a mulher

O capitão Augustus destacou ainda o trabalho de um setor específico voltado ao atendimento aos casos de violência doméstica e contra a mulher. O aplicativo SOS Mulher, por exemplo, visa ajudar às vítimas que contam com medidas protetivas a se manterem protegidas. Neste caso, há uma atuação conjunta entre a Segurança Pública, o Tribunal de Justiça e a Polícia Militar. “É um trabalho específico para quem conta com medidas protetivas”.

 

Ocorrências

Das seis ocorrências mais registradas por dia no Copom estão:

1 - Perturbação do Sossego Público (20,78%);

2 - Desinteligência (14,10%);

3 - Averiguação de Atitude Suspeita (11,29%);

4 - Violência Doméstica (5,10%);

5 – Furto (3,93%);

6 – Alarme Disparado (2,80%).

 

 

Homicídios

Já as taxas de homicídios para cada grupo de cem mil habitantes, em São Paulo, têm registrado uma queda significativa, desde o ano de 1998, saindo de 39,7 casos para 5,7 casos em 2023. Os dados são da CAP/SSP – Coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

 

Café da manhã na Modus


Ao final da visita técnica ao Copom, os participantes foram convidados a participar de um café da manhã na Modus – Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Profissionais de Segurança. A recepção foi feita pelo empresário João José de Almeida, um dos sócios da empresa. Além de conhecer as instalações, os profissionais de segurança também tiveram acesso ao que há de mais moderno em tecnologia de treinamento virtual para vigilantes, na sala que recebeu o nome de Cubo e promete revolucionar o conceito de treinamento com armas de fogo.



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