Casos de feminicídio por arma de fogo crescem 45% em 2025


Por Redação

20/08/2025  às  08:06:54 | | views 2733


© Tânia Rêgo/Agência Brasil

Levantamento do Instituto Fogo Cruzado abrange 57 municípios e aponta aumento de mortes e tentativas


O número de mulheres vítimas de feminicídio ou tentativa de feminicídio por arma de fogo no Brasil registrou alta de 45% em 2025, em comparação ao mesmo período de 2024. É o que indica levantamento do Instituto Fogo Cruzado, que analisou dados de 57 municípios até a primeira quinzena de agosto.

 

Segundo o estudo, pelo menos 29 mulheres foram atingidas por disparos em 2025, sendo que 22 não sobreviveram, o equivalente a 76% dos casos. Em 2024, 20 mulheres haviam sido baleadas, com 12 mortes e oito feridas.

 

A região metropolitana do Recife registrou o maior número de casos, concentrando 31% das ocorrências. Foram 13 vítimas neste ano — oito mortas e cinco feridas — ante oito em 2024 (seis mortes e duas feridas). Na Grande Belém, houve duas mortes em 2025, enquanto no ano anterior apenas uma mulher ficou ferida. Já em Salvador e região metropolitana, o total de vítimas passou de quatro para quatro mortes. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, os casos subiram de sete (quatro mortes e três feridas) para 10 (oito mortes e duas feridas).

 

O levantamento aponta que a maioria dos crimes ocorreu no ambiente doméstico: 15 das 29 vítimas foram atingidas dentro de casa, e cinco dentro de bares. Em 86% dos casos (25 mulheres), os agressores eram companheiros ou ex-companheiros. Um quarto dos casos envolveu agentes de segurança.

 

O estudo também detalha os municípios com ocorrências registradas:

• Recife (PE): 9 vítimas

Rio de Janeiro (RJ): 4

Jaboatão dos Guararapes (PE): 3

Belém (PA): 2

Camaçari (BA): 2

Duque de Caxias (RJ): 2

Simões Filho (BA): 2

Abreu e Lima (PE): 1

Magé (RJ): 1

Maricá (RJ): 1

Mesquita (RJ): 1

Nova Iguaçu (RJ): 1

 

O levantamento do Instituto Fogo Cruzado evidencia a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção da violência de gênero e ao enfrentamento do feminicídio no país.



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