Minc e Funarte criticam ação da GCM em SP


Por Redação

20/08/2025  às  07:57:17 | | views 2734


© Victor Iemini/Divulgação

Artistas foram retirados à força de prédio anexo ao Teatro de Contêiner; órgãos pedem prorrogação do despejo


O Ministério da Cultura (Minc) e a Fundação Nacional de Artes (Funarte) divulgaram uma nota, na noite de terça-feira (19), na qual criticam a ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo durante a retirada de artistas de um prédio anexo ao Teatro de Contêiner Mungunzá, no centro da capital paulista.

 

Segundo relatos, agentes da GCM utilizaram gás de pimenta e força física para desocupar o imóvel, onde eram guardados equipamentos e pertences do grupo teatral e da organização não governamental Tem Sentimento. O prédio pertence à prefeitura e fica próximo à região conhecida como Cracolândia.

 

O Teatro de Contêiner está instalado no local desde 2016 e reivindica que o terreno seja destinado à Secretaria Municipal de Cultura, para regularização da situação do espaço. A prefeitura, por outro lado, afirma que a área faz parte de um projeto de revitalização urbana que prevê a construção de habitações e áreas de lazer.

 

Em nota, a administração municipal informou que o prédio anexo será demolido e que já havia sido interditado. A gestão alegou ainda que o imóvel foi ocupado de forma irregular:

 

“O prédio foi invadido por um grupo de pessoas que utilizava um acesso clandestino feito a partir do terreno do teatro. Diante da invasão e da negativa para desocupação do imóvel, foi necessária uma intervenção por parte das forças de segurança”, afirmou a GCM.

 

A prefeitura havia estabelecido o prazo até quinta-feira (21) para a desocupação do espaço. O grupo teatral, no entanto, solicitou a prorrogação, alegando que os imóveis oferecidos como alternativa não comportam suas atividades.

 

O Minc também pediu oficialmente a extensão do prazo, para que fossem concluídas negociações junto à Superintendência do Patrimônio da União em busca de um novo terreno. “Em ofício enviado ao prefeito Ricardo Nunes, foi solicitada a ampliação do prazo dado pela prefeitura para o despejo do coletivo artístico, de modo a permitir que os entendimentos iniciados pudessem resultar positivamente”, informou a pasta.

 

Até o momento, o pedido não recebeu resposta da administração municipal.



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