Seguros divergem: estabilidade no auto e alta nas motos


Por Redação

18/07/2025  às  08:40:18 | | views 2162



Índice desenvolvido pela TEx, da Serasa Experian, mostra diferenças de comportamento entre os dois segmentos e aponta impacto de perfil, região e tipo de veículo nos preços


O mercado de seguros encerrou o primeiro semestre de 2025 com estabilidade no seguro auto e nova alta no seguro de motos, segundo o mais recente boletim do IPSA + IPSM — índice de preços do seguro de automóvel e moto, desenvolvido pela TEx, empresa do grupo Serasa Experian.

 

Em junho, o IPSA (automóveis) registrou 5,3%, mantendo-se estável ao longo do semestre, enquanto o IPSM (motos) alcançou 9,9%, igualando o pico observado em dezembro de 2024. O movimento reflete uma dinâmica diferente entre os segmentos, marcada por estabilidade e competição no seguro de carros, e pressão de custos e riscos no segmento de duas rodas.

 

Tendências opostas marcam o semestre

De janeiro a junho, o IPSA variou entre 5,2% e 5,4%, sinalizando um período de equilíbrio. Já o IPSM, que começou o ano em queda, retomou o crescimento a partir de abril e acumula alta por três meses consecutivos.

 

Segundo os analistas da TEx, o seguro de automóvel se beneficia da redução na sinistralidade e aumento da competitividade entre seguradoras. Já o seguro de motos enfrenta um ambiente mais desafiador, com maior risco associado aos novos contratos.

 

Fidelização reduz custo, especialmente no seguro de moto

O estudo aponta uma diferença expressiva nos preços de apólices novas em comparação às renovações. Em junho, o seguro de moto novo chegou a 10,5%, contra 7,9% nas renovações feitas com a mesma corretora. A fidelização aparece como um fator relevante na moderação dos preços.

 

No seguro auto, o padrão se repete: as contratações novas apresentaram índice de 6,8%, enquanto as renovações com a mesma corretora ficaram em 4,6%, e com outra corretora, em 3,9%.

 

Perfil, idade e região impactam valores

O relatório destaca ainda como variáveis como idade, localização e tipo de veículo moldam o comportamento dos preços:

• Condutores de 18 a 25 anos pagaram, em média, 9,5% no seguro auto e 15,4% no seguro de moto — mais que o dobro dos valores pagos por condutores acima de 56 anos.

A região metropolitana do Rio de Janeiro registrou os maiores índices: 6,8% (auto) e 13,9% (moto). Fortaleza teve os menores: 3,6% e 8,4%, respectivamente.

Em São Paulo, a Zona Leste concentrou os maiores valores: 7,1% (auto) e 15,0% (moto).

 

Carros com 6 a 10 anos de uso lideraram o IPSA, com índice de 7,1%, enquanto modelos 0 km ficaram em 3,5%. Veículos com valor entre R$ 31 mil e R$ 50 mil apresentaram maior custo médio de seguro (8,7%), superando modelos acima de R$ 150 mil (3,4%).

 

Elétricos e híbridos: seguro mais acessível

O seguro de veículos elétricos atingiu 4,3%, superando os movidos a gasolina (4,2%) e diesel (3,1%). Os híbridos continuam como a opção mais econômica, com índice de apenas 3,2%.

 

Ranking dos veículos mais cotados

Entre os veículos mais cotados no país, o Chevrolet Onix segue na liderança (5,3%), seguido por Hyundai HB20 (4,3%) e Jeep Renegade (3,6%). O Toyota Corolla Cross lidera entre os híbridos (30,6%) e o BYD Dolphin domina o mercado de elétricos (68,9%).

 

Estudo completo disponível

O relatório IPSA + IPSM de junho de 2025, que reúne dados consolidados do primeiro semestre, está disponível para consulta e download no site da TEx.



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