Irã não abandonará seu programa de mísseis, diz aiatolá


Por Bozorgmehr Sharafedin - Reuters

05/06/2019  às  08:57:02 | | views 7873


Agência Ansa Brasil/EPA/Direitos Reservados

Khamenei afirmou que truque político não enganará as autoridades iranianas e a nação iraniana


O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nessa terça-feira (4) que o país não será "enganado" pela oferta de negociação do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, e não abandonará seu programa de mísseis.

 

O confronto entre o Irã e os EUA piorou no mês passado, um ano depois de Washington abandonar um acordo entre o Irã e potências globais para conter seu programa nuclear, em troca da suspensão de sanções internacionais.

 

Trump rejeitou o acordo nuclear, assinado por seu antecessor Barack Obama, considerando-o falho por não ser permanente e não cobrir o programa de mísseis balísticos iraniano e o papel do país em conflitos do Oriente Médio. O presidente norte-americano, no entanto, pediu ao país que se sente à mesa de negociação para chegar a novo acordo.

 

Na semana passada, Trump disse que o Irã "tem chance de ser um grande país, com a mesma liderança. Não estamos buscando uma mudança de regime. Só quero deixar isso claro. Queremos que não haja armas nucleares."

 

Reagindo a esses comentários, Khamenei afirmou, em discurso transmitido na TV estatal: "O presidente dos EUA disse recentemente que o Irã pode alcançar o desenvolvimento com seus líderes atuais. Isso significa que eles não buscam uma mudança de regime, mas esse truque político não enganará as autoridades iranianas e a nação iraniana."

 

"No programa de mísseis, eles sabem que chegamos a um ponto de dissuasão e estabilidade. Querem nos privar disso, mas jamais conseguirão", disse Khamenei em cerimônia que lembrou o 30º aniversário da morte do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador da República Islâmica do Irã.

 

O presidente Hassan Rouhani, que adotou postura mais branda, indicou na semana passada que o Irã poderia estar disposto a conversar se os EUA lhe mostrassem respeito e suspendessem sanções. (Com Agência Brasil)



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