Coreia do Norte retira 636 minas na fronteira com Coreia do Sul


Por Agência EFE - Seul

12/11/2018  às  11:41:59 | Atualizado em 12/11/2018 - 11:49:33 | views 7877



O procedimento fez parte do acordo militar que os dois países assinaram em setembro, quando Seul e Pyongyang chegaram a um acordo


A Coreia do Norte retirou 636 minas antipessoais no vilarejo fronteiriço de Panmunjom em operações realizadas até 20 de outubro, revelou hoje (12) o ministro da Defesa sul-coreano, Jeong Kyeong-doo.

 

Esse procedimento fez parte do acordo militar que os dois países assinaram em setembro, quando Seul e Pyongyang chegaram a um acordo para retirar as minas em torno da cidade fronteiriça sul-coreana de Cheorwon (90 quilômetros a nordeste de Seul) e próximas da Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla em inglês).

 

"Não foram encontradas minas terrestres em nossa região e o Norte nos informou que eliminou mais de 600", disse Jeong em uma sessão da Assembleia Nacional e citado pela agência de notícias Yonhap. Quando lhe solicitaram que especificasse o número, o ministro disse que foram 636.

 

Jeong também informou que ambos os países concluíram no domingo passado a retirada de 11 postos de guarda fronteiriça com suas tropas correspondentes.

 

A Coreia do Sul costumava operar 60 postos na Zona Desmilitarizada (DMZ, na sigla em inglês), além de postos avançados, enquanto o Norte tem mais de 160, segundo os dados apresentados pelo ministro da Defesa.

 

Sobre o custo da implementação do acordo, Jeong disse que solicitou 10.100 milhões de wons (aproximadamente 8 milhões de euros) nos orçamentos estatais do ano que vem.

 

Estados Unidos podem dar apoio

Jeong também falou sobre a postura dos Estados Unidos, que estão oferecendo um "apoio ativo" para o pacto intercoreano.

 

"Posso dizer com confiança que não há nenhuma ruptura entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos", disse Jeong, que se reuniu em outubro com o secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis, no Pentágono.

 

O exército sul-coreano começou a mobilizar escavadeiras para derrubar 10 de seus 11 postos, enquanto planeja manter um ao longo da costa leste, que foi estabelecido pouco depois do cessar-fogo da Guerra da Coreia em 1953. O Norte também manterá um posto.

 

"A demolição irreversível dos postos de guarda é a medida mais tangível e simbólica para prevenir fundamentalmente os confrontos acidentais entre Coreia do Sul e Coreia do Norte e gerar confiança", disse o general sul-coreano Kim Yong-woo durante a inspeção da destruição de um posto, segundo a agência Yonhap.

 

Kim, o oficial superior do exército de Seul, acrescentou que as suas tropas encontrarão formas de preencher possíveis lacunas em sua postura de defesa após a retirada dos postos de guarda. (Com Agência Brasil)



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