Ex-presidente da Nissan diz sentir-se traído por Carlos Ghosn


Por Redação

09/01/2020  às  06:53:24 | | views 7873


REUTERS/Issei Kato/Direitos Reservados

Saikawa e outros executivos da empresa foram acusados de conluio


O ex-presidente da Nissan Motor Hiroto Saikawa afirmou que se sente traído por Carlos Ghosn, após assistir à entrevista coletiva concedida nessa quarta-feira (8) em Beirute pelo ex-presidente do Conselho de Administração da montadora.

 

Ghosn acusou Saikawa e outros altos executivos da Nissan de conluio para afastá-lo por causa da fusão entre a montadora japonesa e a fabricante de automóveis francesa Renault.

 

Hiroto Saikawa conversou com repórteres na manhã de hoje (9). Ele rejeitou terminantemente as alegações feitas por Carlos Ghosn. Saikawa disse que a questão não está conectada de nenhuma maneira com os atos ilegais dos quais Ghosn é acusado.

 

Na entrevista de ontem, a primeira desde que fugiu do Japão para o Líbano, o ex-presidente do grupo Renault-Nissan acusou a empresa de “conluio” com a Procuradoria japonesa. Ele disse que é vítima de “perseguição política”.

 

Ministra da Justiça

A ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, reprovou as críticas feitas por Carlos Ghosn contra o sistema judiciário do país.

 

Ela conversou com repórteres após a entrevista em Beirute. Para Masako, o executivo deveria provar no tribunal sua inocência diante de crimes econômicos supostamente cometidos por ele.

 

A ministra afirmou que Carlos Ghosn apresentou uma visão equivocada sobre o sistema judiciário do país e seus métodos, visando a justificar a fuga, e que isso jamais poderá ser ignorado.

 

Ela lembrou que o Japão dispõe de um sistema para que detidos façam reclamações sobre as condições que enfrentam.

 

Mori disse ainda que, em casos criminais, acusados têm direito a um julgamento aberto em tribunais justos no Japão.

 

A ministra afirmou que sua pasta vai continuar fornecendo informações e respondendo a perguntas para que o sistema judiciário japonês possa ser corretamente compreendido pelo resto do mundo.

 

Masako Mori disse esperar que Carlos Ghosn receba um julgamento justo em um tribunal japonês. (Agência Brasil, com informações da NHK - emissora pública de televisão do Japão)



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